Terrorista é o Estado de Israel! Nenhuma repressão aos ativistas da Global Sumud Flotilha!

A Global Sumud Flotilha faz parte de uma campanha internacional que denuncia o genocídio do povo palestino em curso na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, e busca quebrar o cerco ilegal imposto pelo Estado sionista de Israel que proíbe a entrada de ajuda humanitária na região e o acesso dos palestinos a água, mantimentos, medicamentos e itens de necessidade básica. É a maior ação de solidariedade internacional via mar rumo a Gaza em toda história.

Desde o início da ofensiva israelense contra os palestinos em outubro de 2023, temos acompanhado, horrorizados, o assassinato de aproximadamente 70 mil pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, por meio de ataques militares de drones, lançamento de mísseis e bombas em escolas, hospitais, casas de civis e na destruição de toda a infraestrutura do território.

Além das consequências brutais que se expressam em um número enorme de mortos, os ataques bélicos poluem e contaminam a água, o ar e o solo em Gaza, gerando problemas respiratórios à população e, simultaneamente, elevando as emissões de gases poluentes que, por sua vez, intensificam o aquecimento global e o colapso climático.

Não bastasse o cenário catastrófico de massacre e devastação, nos últimos meses, Israel vem anunciando o objetivo de “anexação total” e aumentando a repressão em Gaza com bloqueios que impedem a entrada de ajuda humanitária. Como lamentável consequência, temos assistido a um crescimento das mortes por inanição e desidratação, e à proliferação de doenças. É nesse sentido que se insere a proposta da Global Sumud Flotilha, de abrir um corredor humanitário prestando socorro imediato aos palestinos.

A missão pacífica é composta por delegações de mais de 40 países e 300 pessoas envolvidas diretamente. Há 13 representantes brasileiros, além de Thiago Ávila: Bruno Gilga, que é trabalhador da USP e o porta-voz oficial da delegação, Mariana Conti, vereadora do PSOL em Campinas, João Aguiar, que integra a coordenação da delegação brasileira da Flotilha, Mohamad El Kadri, coordenador da Frente Palestina, Magno Carvalho, diretor do Sintusp, Lucas Gusmão, Gabrielle Tolotti, Nicolas Calabrese, Ariadne Telles, Lisiane Proença, Deputada Luizianne Lins, Victor Nascimento e Giovanna Vial que navegam rumo a Gaza entendendo a urgência de parar a limpeza étnica!

Frente a isso, Itamar Ben-Gvir, Ministro de Segurança Nacional de Israel, declarou que os ativistas da Flotilha serão tratados como “terroristas”, que ficarão presos em prisões de segurança máxima, em detenção prolongada, sem acesso a comunicação ou alimentação digna. Consideramos essa declaração inaceitável e extremamente preocupante.

Manifestamos nosso apoio irrestrito aos ativistas que fazem parte dessa missão, cuja força se apoia na histórica resistência do povo palestino. Não aceitaremos que toquem em um fio de cabelo desses ativistas, repressão que está a serviço de defender a barbárie sionista. Exigimos que o Itamaraty garanta a segurança de todas e todos os brasileiros que integram a missão. Nos inspiramos nos portuários de Gênova que anunciam que pararão a Europa, se o contato com as embarcações for perdido. Convocamos para a participação nos atos em todo o país, em defesa da Global Sumud Flotilha, dos ativistas presentes nela e por uma Palestina livre do rio ao mar!

Terrorista é o Estado de Israel! Palestina livre do rio ao mar!